tag:blogger.com,1999:blog-49359117907570349522024-03-19T11:22:23.123-07:00BLOGUESIA OCIOLÍRICAAndarilhohttp://www.blogger.com/profile/01145842498225769365noreply@blogger.comBlogger44125tag:blogger.com,1999:blog-4935911790757034952.post-16930228963141839542012-12-18T10:15:00.000-08:002012-12-18T10:15:31.605-08:00O Centro e o Eixo No mundo musical das clarezas<br />
O forro é de mistura encantada<br />
Dormente há uma ideia à cabeça - <br />
A crase de uma pena adornada. <br />
<br />
O pano do chapéu está vivo!<br />
Reflete o pensamento da fibra, <br />
Por vezes pela sombra do aflito<br />
Soletra em um soslaio uma lira.<br />
<br />
A mente aureolada envolta <br />
Fomenta as labaredas da crista, <br />
Concede a um escravo a coroa, <br />
<br />
Faz fogo uma pequena faísca, <br />
Depois por uma brisa revoa <br />
Que alguém de muito longe avista.<br />
<br />
Alexandre Machado Marques<br />
Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/01145842498225769365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4935911790757034952.post-78076335404423838462012-12-17T19:31:00.004-08:002012-12-17T19:31:37.120-08:00Sertempo<br />
<br />
espaço<br />
<br />
conteúdo.<br />
<br />
Alexandre Machado MarquesAndarilhohttp://www.blogger.com/profile/01145842498225769365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4935911790757034952.post-1781597349168347482012-12-17T19:31:00.002-08:002012-12-17T19:31:19.293-08:00Introduçãoeu não sei como me nasce<br />
eu não sei como me vive<br />
eu não sei como me morre<br />
eu não sei: como-me-inteiro<br />
<br />
Alexandre Machado MarquesAndarilhohttp://www.blogger.com/profile/01145842498225769365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4935911790757034952.post-88799969887838203412012-12-17T19:30:00.003-08:002012-12-17T19:30:37.255-08:00Balada do sétimo dia Hoje domingo, acendo um cachimbo<br />
Na brisa da noite alvorece a segunda -<br />
È dia branco, é nuvem de nimbo<br />
Vagando ligeira de tão vagabunda (…)<br />
<br />
Na feira de terça acordo já cedo -<br />
Buzinas gritantes ardendo de anseio.<br />
Enquanto na quarta me apego ao terço<br />
Pedindo à semana que alivie doseio.<br />
<br />
A quinta espreguiça, se deita na cama (…)<br />
Enfim chega sexta que há espero semanas<br />
De lá fico tonto de tanto que bebo<br />
<br />
E caiu sambando num sábado lindo.<br />
No fado da farra esqueço do tempo (…)<br />
Agora é domingo, acendo cachimbo.<br />
<br />
Alexandre Machado MarquesAndarilhohttp://www.blogger.com/profile/01145842498225769365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4935911790757034952.post-11025738514170409612012-12-17T19:30:00.001-08:002012-12-17T19:30:05.889-08:00Qualquer coisaNos lábios de quem diz<br />
No gesto de quem ama<br />
Sou qualquer cousa que fala<br />
Nos olhos de quem ri<br />
No sono de quem sonha<br />
Sou qualquer coisa que sente<br />
No seio de quem pulsa<br />
Na veia de quem vive<br />
Sou qualquer coisa que existe<br />
<br />
Alexandre Machado MarquesAndarilhohttp://www.blogger.com/profile/01145842498225769365noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4935911790757034952.post-82648054652367691502012-06-02T20:23:00.002-07:002012-08-30T23:40:08.550-07:00Mulher de Vênus<br />
<br />
Nas luzes de rubras cores <br />
Tu danças, formosa Vênus,<br />
O aroma das flores doces <br />
Nas águas de um mar sereno.<br />
<br />
Lasciva como um suspiro,<br />
Ardente em carne a fogo.<br />
Devora os meus sentidos,<br />
Me torna por vezes louco.<br />
<br />
Senhora das noites quentes <br />
Dos brilhos encantadores <br />
Nem vês que um poeta sente<br />
Nem ouve por seus clamores.<br />
<br />
E assim sem poder tocá-la -<br />
O fruto vermelho amêno.<br />
Só posso me arder em vê-la<br />
Na noite ao sabor do vento.Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/01145842498225769365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4935911790757034952.post-50645002763626745602012-03-20T20:55:00.005-07:002012-03-21T12:32:59.909-07:00MetafísicaDe todo o meu amor serei saudade;<br />Por tudo que já fôra e há de sê-lo, <br />De tudo que se encanta por havê-lo, <br />O puro sentimento da verdade.<br /><br />Por ter-te essencialmente bom e puro,<br />Por ser naturalmente eterno e belo,<br />Surgindo em seu crepúsculo libelo,<br />De forma colossal em doce apuro.<br /><br />Crisálida singela da alvorada,<br />Translúcida formosa alvinitente,<br />A lúcida garrida, a bruta rosa!<br /><br />Desdobra majestosa transcendente<br />Em lívidos langores figurada<br />Nos céus em doce forma paira honrosa.<br /><br /><br />Alexandre Machado MarquesAndarilhohttp://www.blogger.com/profile/01145842498225769365noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4935911790757034952.post-72040436239610851552012-02-27T22:01:00.004-08:002012-12-17T19:23:10.421-08:00MíopeA distância é asfixiante<br />
E delonga como um suspiro<br />
Que se esvai do aquém, doravante,<br />
Se perder para além do sentido.<br />
<br />
A saudade é asfixiante<br />
O teu último alcance declara<br />
Como fosse o teu sopro enervante<br />
Que se perde em silêncio e deflagra.<br />
<br />
A distância não pode ser vista, <br />
Quanto é vaga de tão indizível!<br />
Nunca foi por ninguém bem tão quista, <br />
<br />
Pois é como a saudade - incabível.<br />
E afasta de alguma conquista <br />
Horizontes de um dia um possível.<br />
<br />
Alexandre Machado MárquezAndarilhohttp://www.blogger.com/profile/01145842498225769365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4935911790757034952.post-75478610540052103842012-01-30T21:09:00.000-08:002012-12-18T08:37:39.106-08:00O nascedouroDe gota em gota me persegue<br />
Ao fim que o sol da tarde some - <br />
Clamor tenaz que me apetece<br />
O devaneio alucinante. <br />
<br />
É a razão do meu lamento,<br />
O meu langor mais dissonante<br />
Que vela a noite em seu rebento <br />
Em comoções embriagantes. <br />
<br />
De linha em linha me consome<br />
Na perdição dessa candura,<br />
Nessas insônias relutantes,<br />
Nos meus momentos de loucura.<br />
<br />
É o espírito que grita; <br />
Oh redentor amor vibrante!<br />
Que me tomou por toda a vida<br />
Quando nasceu naquele instante. <br />
<br />
Alexandre Machado MárquezAndarilhohttp://www.blogger.com/profile/01145842498225769365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4935911790757034952.post-39174443524733344552012-01-30T19:44:00.000-08:002012-01-30T19:45:37.858-08:00Canção para tua chegadaSe for pra ser <br />Que seja assim - <br />Um dia enfim <br />De sol nascer. <br /><br />Se for pra ser<br />Que seja amor<br />A quem sofreu, <br />A quem chorou.<br /><br />Se for pra ser <br />Que seja enfim -<br />Um dia assim<br />Se acontecer.<br /><br />Se for pra ser <br />Que seja amor <br />A quem se deu,<br />A quem chegou.<br /><br />Alexandre Machado MárquezAndarilhohttp://www.blogger.com/profile/01145842498225769365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4935911790757034952.post-46251113326609401142011-12-28T22:18:00.000-08:002011-12-29T12:45:12.655-08:00SuspirosMeus sentidos se renderam ao teu perfume, <br />O meu corpo em tua pele se fundiu.<br />Nossos corpos descompostos tão impunes,<br />Nossas vozes ressoaram no vazio.<br /><br />Tuas coxas entre as minhas se enlaçaram,<br />O meu braço no teu dorso comprimiu, <br />Os meus lábios no teu rosto desmancharam<br />Em ardor, em despudor, em calafrios.<br /><br />O fulgor do meu deleite em fogo brando<br />Derramou-me por um jacto vascular,<br />Tuas mãos pelo lençol da nossa cama, <br /><br />Tuas unhas em meus ombros a cravar;<br />Alcanças-te então lasciva e puritana <br />E deitaste ao meu lado a murmurar.<br /><br />Alexandre Machado MárquezAndarilhohttp://www.blogger.com/profile/01145842498225769365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4935911790757034952.post-25837217480931303062011-12-28T21:34:00.000-08:002011-12-28T21:36:51.613-08:00SeQuem dera ter-te a todo instante;<br />Em tese, em pele, em sintonia -<br />Quem dera fosse assim constante;<br />Em canto, em prece, em sinfonia.<br /><br />Quem dera ter-te a todo tempo;<br />Em carne crua, em melodia -<br />Quem dera fosse o meu alento;<br />Em chuva, em sol, em ventania.<br /><br />Quisera eu fosse assim tão sempre<br />A comoção de todo um dia.<br />De todo amor e sentimento,<br /><br />Todo desejo de alegria.<br />E assim morrer se tudo fosse,<br />Se fosse tudo Poesia.<br /><br />Alexandre Machado MárquezAndarilhohttp://www.blogger.com/profile/01145842498225769365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4935911790757034952.post-34523310752596886472011-12-28T20:33:00.001-08:002012-12-18T08:34:08.242-08:00Alegoria do TempoO tempo é inimigo da vontade,<br />
Imune aos desejos de um mortal.<br />
É tempo de espera e de saudade,<br />
O que seria a morte, afinal?<br />
<br />
O tempo vai além da eternidade,<br />
Supera ele mesmo e o espaço.<br />
A véspera da pressa é o fracasso,<br />
Quisera fosse o tempo da vontade.<br />
<br />
O tempo nos desloca com seu tempo<br />
E vence-nos a tempo por cansaço. <br />
O tempo é a agonia do momento,<br />
<br />
É tempo que com o tempo faz-se escasso.<br />
Depois do fim do tempo sobra tempo;<br />
E tudo vira tempo em um compasso. <br />
<br />
<br />
Alexandre Machado MárquezAndarilhohttp://www.blogger.com/profile/01145842498225769365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4935911790757034952.post-30187199804228631012011-12-28T20:19:00.000-08:002012-12-18T08:34:38.706-08:00Macrocefalia do TempoPois mesmo que tente por tempos<br />
O homem, de fato, não tem.<br />
Mas quem afinal tem o tempo,<br />
O que afinal esse tem?<br />
<br />
O homem é seu sentimento,<br />
Razões que somente ele tem.<br />
Só faz derramar sofrimento -<br />
É coisa de tempo também?<br />
<br />
Daquilo que o tempo inexiste,<br />
O tempo é mesmo de alguém?<br />
Do que falarei da saudade:<br />
É homem que sente, é tempo que sem?<br />
<br />
Eu quero esquecer todo o tempo,<br />
Mas contratempo não tem,<br />
Por isso espero por todo esse tempo <br />
Algum sentimento que dele não vem. <br />
<br />
<br />
Alexandre Machado MárquezAndarilhohttp://www.blogger.com/profile/01145842498225769365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4935911790757034952.post-32602562917648837262011-12-28T19:42:00.000-08:002012-12-18T08:37:04.943-08:00DesvariosVaso de tanto vazio,<br />
Cheio de aguda vazão,<br />
Vago faminto e febril,<br />
Sofro de vício e paixão.<br />
<br />
Vivo meu ócio e meu cio;<br />
Prezo os prazeres do tédio,<br />
Preso aos pesares de um fio, <br />
Torno o veneno um remédio.<br />
<br />
Gozo, teor, calafrios, <br />
Transe, suspiros e transa,<br />
Beijo, suor e arrepios, <br />
Choros, ausência e drama. <br />
<br />
Zelo por meu desvario, <br />
Rezo por minha heresia -<br />
Parto de Amor quem partiu,<br />
Faço de mim poesia.<br />
Alexandre Machado MárquezAndarilhohttp://www.blogger.com/profile/01145842498225769365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4935911790757034952.post-52205455243397003622011-12-12T15:08:00.000-08:002011-12-12T15:09:36.619-08:00AndarilhandoEu estou entre o sol e a chuva;<br />Voo perdido entre a noite e a tarde -<br />É tão terna e serena essa luz, <br />Como é bela e tão crua, é uma arte! <br /><br />Eu estou entre o cheio e o vazio;<br />Voo veloz entre o tudo e o nada -<br />Cristalina nascente dos rios,<br />Arvoredos de copas floradas. <br /><br />Eu estou entre a terra e o espaço;<br />Voo perdido entre Vênus e Marte -<br />Nos veludos de neve macios,<br />Como é linda a textura, é uma arte!<br /><br />Eu estou entre o crente e o ateu,<br />Entre a vida e a mortalidade,<br />Numa vela entre a luz e o breu -<br />Na tristeza e na felicidade.<br /><br />Eu estou entre o júri e o réu -<br />Voo vadio entre o gozo e o enfarte;<br />É tão bom como um sonho sutil,<br />Como é vil a ventura, é uma arte!<br /><br />Alexandre Machado MárquezAndarilhohttp://www.blogger.com/profile/01145842498225769365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4935911790757034952.post-74978559318069945212011-12-12T14:43:00.003-08:002012-03-28T10:14:27.335-07:00PaisagemEm suma é o que direi das plumas,<br />Das nuances ternas; doce alvorecer.<br />Em brandas que purpúreas brumas <br />Céus lilases lentos, doce esmaecer.<br /><br />Em suma é o que direi das nuvens, <br />Do veludo imenso, véu a enrubecer. <br />Luz que aurora em sol faz lúmen<br />E desabrolha flores, primo envaidecer.<br /><br />Em suma é o que direi dos brilhos,<br />Da manhã lisonja de dourada cor.<br />Brando, o orvalho alenta os lírios,<br /><br />Levitar do polén tênue de fulgor.<br /> - Tece a primavera em risos<br />Os seus amados filhos plenos de primor. <br /><br />Alexandre Machado MárquezAndarilhohttp://www.blogger.com/profile/01145842498225769365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4935911790757034952.post-37898539079855949852011-12-12T14:43:00.002-08:002012-01-05T06:18:40.845-08:00Poemeto de CarnavalQuando os amantes se amaram<br />Todas as vozes cantaram<br />Fantasiadas de amor.<br /><br />Tantos acordes soaram,<br />Todos os sinos tocaram,<br />Tudo mudava de cor.<br /><br />Ruas antigas sagradas,<br />Toda a cidade enfeitada,<br />Não se lembravam da dor.<br /><br />Quando, fiéis, se beijaram;<br />A colombina e o palhaço<br />Num carnaval que passou.<br /><br />Alexandre Machado MárquezAndarilhohttp://www.blogger.com/profile/01145842498225769365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4935911790757034952.post-83768350471625996802011-12-12T14:41:00.002-08:002011-12-12T14:43:02.676-08:00RelicárioÉ de lembrar a doce tarde alada <br />Despetalando em rosais de bruma <br />E o sorriso da mulher amada<br />A quem passei noites amando em suma.<br /><br />E de lembrar sua leveza nívia,<br />O mesmo aroma dessa tarde triste -<br />É teu perfume, minha rara orquídia<br />Que na paisagem belamente existe.<br /><br />Não é possível esquecer a tarde<br />Na sua augusta mornidão bravia, <br />No horizante resplandece e arde<br /><br />Até que a morte enfim lhe retalia<br />E outra essência pelo céu invade -<br />É de lembrar-te outra vez, Maria.<br /><br />Alexandre Machado MárquezAndarilhohttp://www.blogger.com/profile/01145842498225769365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4935911790757034952.post-84992569592992079192011-12-12T14:41:00.001-08:002011-12-14T07:27:50.276-08:00Além da Terra e o CéuUma corrente instável <br />Entre ciência e mito;<br />O alienante purgatório<br />Do teatro de ser vivo.<br /><br />A incerteza antiga,<br />Essa justiça cega!<br />Expiação e prova, <br />Escuridão da névoa.<br /><br />Um nomadismo eterno -<br />Cosmolitas vagos! <br />Perdidamente presos<br />Nesse contexto invariável.<br /><br />O que dirão os mortos,<br />O que dirá o espelho?<br />Em qual Esfinge dorme <br />Onde se esconde esse segredo?<br /><br />Oracular cibório,<br />No panteão sagrado!<br />Uma verdade eterna<br />De história sem legado.<br /><br />Alexandre Machado MárquezAndarilhohttp://www.blogger.com/profile/01145842498225769365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4935911790757034952.post-82029356997587658262011-07-31T16:36:00.000-07:002011-12-12T14:03:15.682-08:00Moinho de VentoQuero sofrer sem ter que ser sofrido,<br />Primeiro ser saudade depois partir saudoso.<br />Quero fugir sem ter que ser banido,<br />Sem ter que ser bandido roubar a liberdade.<br /><br />Quero seguir sem nunca ser partido, <br />Ser sempre recebido em braços calorosos.<br />Eu quero ser amor com todos os sentidos,<br />Sem curso definido, eu quero a liberdade.<br /><br />Quero ser amante de um nunca esquecido,<br />Dormir abençoado em seio amoroso<br />E assim envelhecer sem ser envelhecido,<br />Em berços bardos bravos, beber da liberdade.<br /><br />Alexandre Machado MárquezAndarilhohttp://www.blogger.com/profile/01145842498225769365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4935911790757034952.post-55230004343363661252011-07-22T12:38:00.000-07:002012-09-04T12:46:45.315-07:00Quando o Amor me diz AdeusPorque te amei de corpo inteiro,<br />
Só me restou te dar meu sangue.<br />
E a saudade aurora assome <br />
Um doce sonho derradeiro.<br />
<br />
E nesse brio findo de brilhos<br />
Fui um pungente entardecer.<br />
Cedo me dei a enlouquecer<br />
Com o amor e seus delírios.<br />
<br />
Mas eu te amei de alma toda, <br />
Só me restou não ser mais teu.<br />
Agora cai de gota em gota<br />
<br />
O que sobrou dos sonhos meus.<br />
O que ficou de angústia rouca:<br />
Até o Amor dizer Adeus.<br />
<br />
<br />
Alexandre Machado MarquesAndarilhohttp://www.blogger.com/profile/01145842498225769365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4935911790757034952.post-18493668652718572632011-07-05T22:40:00.000-07:002012-12-18T08:40:05.110-08:00Barca da Ilusão do Amor PerdidoCorre alucinada sombra sobra,<br />
Cobre de silêncio a chama em cinzas,<br />
Parte melancólica nas horas:<br />
Barca da ilusão de todas as sinas.<br />
<br />
Breve sonho doce de uma quimera,<br />
Vaga aos teus espectros patronos<br />
Sempre sob um véu que o esmera:<br />
Barca da ilusão dos desenganos. <br />
<br />
Noite destemida em ares Maias!<br />
Quantas maravilhas se perderam,<br />
Quantos não morreram nas batalhas:<br />
Barca da ilusão dos mil segredos?<br />
<br />
Longe ao horizonte o mar te cobre,<br />
Todos os teus risos iludidos!<br />
Estes reprimidos de alma nobre:<br />
Barca da ilusão dos desvalidos.<br />
<br />
Logo outro sonho morre em paz,<br />
Segue o seu destino merecido,<br />
Vai viver sangrando em tristes ais:<br />
Barca da ilusão do amor perdido.<br />
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Alexandre Machado MárquezAndarilhohttp://www.blogger.com/profile/01145842498225769365noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4935911790757034952.post-24749532653342786912011-06-13T18:47:00.000-07:002011-12-12T14:07:07.346-08:00Todo sentimento do mundoAtravés desses olhos amenos,<br />Luz ilustre de encanto profundo -<br />Brilhas pura de amor, eu me adejo:<br />Todo sentimento do mundo.<br /><br />Repousado em mares serenos,<br />Nessas águas de sonho e consumo -<br />No espelho da alma eu me vejo:<br />Todo sentimento do mundo.<br /><br />De clarins e clarões me incendeias<br />Em loquazes velozes segundos.<br />Meu estado de paz - seus efeitos;<br /><br />Sou mais perto de mim no teu mundo.<br />E o que eu sinto enquanto te vejo:<br />Todo sentimento do mundo.<br /><br />Alexandre Machado MárquezAndarilhohttp://www.blogger.com/profile/01145842498225769365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4935911790757034952.post-6963352320388873782011-05-13T10:00:00.001-07:002011-05-13T10:00:54.102-07:00Receitando Poesia200 gramas de amor sincero,<br />1 pitada de inspiração,<br />2 colheres de chá de afeto<br />Mais meia dúzia de sedução.<br /><br />Coloque zelo e ternura a gosto,<br />Misture a alma com o coração,<br />Depois adoce e leve ao forno<br />Por meia hora de solidão.<br /><br />Enquanto o fogo, com seus calores,<br />Cora de amores a refeição,<br />Queima tuas mágoas e teus dissabores,<br /><br />Torna vapor essa tua aflição.<br />Depois de pronto, cure essas dores;<br />Beba seu Sangue e como seu Pão.<br /><br />Alexandre Machado MárquezAndarilhohttp://www.blogger.com/profile/01145842498225769365noreply@blogger.com1