Quando acendo meu cigarro
Eu te sorvo em meu café
Mergulhando em teus afagos -
Teu perfume de mulher.
Vou jurar-te amor eterno -
Meu poema, meu enredo!
Acordar-te em acalanto
Te aquecendo logo cedo.
Esse sol que nos envolve
Entre laços de amplexo,
Essa frebe que me move -
O teu mundo tão complexo.
Eu te quero todo dia
Em meus dedos, pelo toque,
Pela pele o sol clareia,
Pela veia o sangue corre.
Quando nasce a luz da aurora
Admiram nosso sono
E a luz ardente implora
Despertando nosso sonho.
Já te falo ao pé do ouvido
Sussurrando aquele agrado
E num beijo comovido
Solto acordes pelo espaço.
Tu sibila um tom sonante -
Fecho os olhos para ver -
A leveza insustentável
De te ter no alvorecer.
Alexandre Machado Marques