Desmantelou-se
Um coração covarde,
Morreu de sede
De redenção.
Desfigurou-se,
Desfez-se em partes,
Morreu de amores
Sem ter razão.
Como é que pode
Um coração selvagem
Render-ser à morte
Sem compaixão?
Por que será
Que foi tão demente
O coração descrente;
O amador pagão?
Que Deus perdoe,
Benevolente,
O coração da gente
É só emoção.
Alexandre Machado Márquez
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