segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Além da Terra e o Céu

Uma corrente instável
Entre ciência e mito;
O alienante purgatório
Do teatro de ser vivo.

A incerteza antiga,
Essa justiça cega!
Expiação e prova,
Escuridão da névoa.

Um nomadismo eterno -
Cosmolitas vagos!
Perdidamente presos
Nesse contexto invariável.

O que dirão os mortos,
O que dirá o espelho?
Em qual Esfinge dorme
Onde se esconde esse segredo?

Oracular cibório,
No panteão sagrado!
Uma verdade eterna
De história sem legado.

Alexandre Machado Márquez

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