quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Se

Quem dera ter-te a todo instante;
Em tese, em pele, em sintonia -
Quem dera fosse assim constante;
Em canto, em prece, em sinfonia.

Quem dera ter-te a todo tempo;
Em carne crua, em melodia -
Quem dera fosse o meu alento;
Em chuva, em sol, em ventania.

Quisera eu fosse assim tão sempre
A comoção de todo um dia.
De todo amor e sentimento,

Todo desejo de alegria.
E assim morrer se tudo fosse,
Se fosse tudo Poesia.

Alexandre Machado Márquez

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